sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Comandos do AS/400 - Command Language (CL)


O sistema operativo OS/400 , disponibiliza ao utilizador um conjunto de menus e ecrãs onde o utilizador pode navegar e executar todas as operações do sistema operativo de uma forma simples e eficaz.

Todas estas operações do sistema operativo OS/400 podem também ser efectuadas na linha de comandos, utilizando comandos de CL Command Language.
A sintaxe da linguagem de controlo do AS/400 , Command Language, é extremamente simples já que os comandos são tipicamente constituídos por duas partes (geralmente de três letras cada), o verbo e o substantivo (por vezes existe uma terceira parte denominada de objecto).

Por exemplo, para analisar todos os trabalhos activos no sistema num determinado momento, utiliza-se o comando WRKACTJOB,

WRK - “Work” Verbo
ACT - “Active” Substantivo
JOB - “Job” Objecto

Exemplo de Verbos:
ADD Add
CHG Change
CPY Copy
CFG Configure
CRT Create
DLT Delete
DSP Display
GO Go to a Menu
RMV Remove
STR Start
WRK Work With

Exemplo de Substantivos:
DEV Device
DEVD Device Description
F File
FLR Folder
LIB Library
OBJ Objecto
OUTQ Output Queue
MSG Message
SPLF Spool File
WTR Writer (Printer)

Vejamos agora o comando CRTLIB que é constituído pelo verbo “CRT-Create” e o substantivo “LIB – Library”, e que nos permite criar uma nova biblioteca no sistema.

No final de o escrevermos na “prompt” do sistema , fazemos F4 para que o sistema nos ajude a completar a sintaxe do comando ou escrevemos o comando completo e fazemos “enter”.

Ex. CRTLIB LIB(xpto) TYPE(*PRD)

"Neste caso criamos a biblioteca “xpto” no sistema e indicamos ao sistema que a biblioteca criada é uma biblioteca de produção (PRD)."

Outra facilidade interessante para quando pretendemos procurar um comando, do qual apenas conhecemos as duas primeiras letras, por exemplo WR, se executarmos na linha de comando a sintaxe WR* teremos como resultado um ecrã contendo todos os comandos cujas primeiras duas letras são WR (Ex. WRKACTJOB, WRKCFGSTS…).

O comando “GO VERB “ ajuda-nos também na identificação dos comandos, pois permite-nos seleccionar comandos de acordo com o tipo de acção que se pretende utilizar (por exemplo criar, alterar, visualizar). O Menu inicial (por defeito), num sistema AS/400 é o "OS/400 Main Menu".

Como podémos observar, o AS/400 é uma plataforma onde o interface com o utilizador é muito simples e intuitiva, disponibilizando várias formas de ajuda ao utilizador na interacção com o sistema.

Finalizava esta minha intervenção, sobre os comandos do AS/400, desafiando-o a criar uma conta no site http://www.rzkh.de/english/accounteng.html , onde pode usufruir de um acesso gratuito a um sistema AS/400 que se encontra on-line, e no qual poderá experimentar esta magnifica tecnologia.

sábado, 9 de agosto de 2008

Arquitectura AS/400



O AS/400 utiliza um sistema operativo próprio, o OS/400, que funciona independente da tecnologia de hardware graças á existência de um “micro código” (SLIC – System Licensed Internal Code) que interage directamente com o hardware.

Assim o sistema operativo e as aplicações não interagem directamente com o hardware, mas sim com um interface conhecido como TIMI – Technology Independent Machine Interface , que se interliga com o micro código SLIC.

As vantagens, ficaram perfeitamente demonstradas quando foi alterada a tecnologia do AS/400 de CISC (Complex Instruction Set Computing) para RISC (Reduced Instruction Set Computing ) em 1995, sem a necessidade de se alterar ou recompilar qualquer programa, ao contrário do que aconteceu com outras arquitecturas.

Outra característica interessante é o facto das unidades de disco do sistema e a memória RAM serem vistas indistintamente como fazendo parte de um único e grande endereçamento, ou seja um armazenamento de nível único. Desta forma, a memória virtual estende-se a todo o espaço disponível de armazenamento da máquina, aumentando a sua capacidade.

Tal como acontece com o TIMI, o conceito de armazenamento de nível único significa independência relativamente às características dos dispositivos de hardware de armazenamento (discos, memória) residente no SLIC. Toda a memória é gerida automaticamente pelo sistema, sem qualquer intervenção do utilizador, sendo que os programas trabalham com objectos, e os objectos são acedidos através do seu nome e não pelo seu endereçamento.

O AS/400 é um sistema operativo baseado em Objectos. Tudo o que existe no sistema (Impressoras, ficheiros, programas, ecrans, terminais, etc) e que pode ser guardado ou obtido é um objecto. Um objecto é constituído por um conjunto de atributos, dos quais por enquanto destacamos o nome e o tipo de objecto que são utilizados para o seu importante processo de identificação.

Cada objecto tem características diferentes. Por exemplo, um programa é um objecto que contém instruções, enquanto um ficheiro /físico) é um objecto que contém dados.

O sistema de arquivos do OS/400 é uma base de dados integrada que como vimos contem objectos em vez de ficheiros de arquivo tradicional. O “Integrated File System” do AS/400 permite assim uma integração completa com ambientes baseados em PC (Windowss e Linux) e UNIX. Por exemplo, existe de base uma interface típica de sistemas de arquivos hierárquicos, compatível com os sistemas UNIX.

Com uma base de dados relacional profundamente interligada com o sistema, o seu código está dividido entre o micro código da máquina e o sistema operativo, tornado o DB2/400 uma base de dados de elevado desempenho, versátil e segura.

Por este motivo, cada vez mais o AS/400 é utilizado como servidor de base de dados “Backend”, para aplicações cliente/servidor.

Outra característica interessante do AS/400, é a elevada velocidade de interpretação e execução do código Java, pelo facto do “Java Virtual Machine” residir ao nível do iSeries Layer (TIMI).

Este ano a IBM anunciou o Power System, uma nova plataforma IBM baseada em processadores POWER6 muito mais poderosos, e utilizando uma nova tecnologia de virtualização exclusiva da IBM (PowerVM), baseada na experiencia adquirida nos ambientes mainframes.

Uma das principais características é o micro particionamento, que permite a consolidação num único sistema AS/400 de várias “boxes” isoladas, optimizando e simplificando arquitecturas complexas, e reduzindo os custos de aquisição, utilização e gestão.

O PowerVM permite o ajuste dinâmico das cargas de trabalho e seu desempenho, de forma manual ou automática, atendendo a prioridades que num ambiente de produção se encontram constantemente em alteração.

O LPAR-Logical Partitioning dinâmico , possibilita o ajustamento dos recursos de processamento e de armazenamento em servidores virtuais (LPArs), ao transferir por exemplo a capacidade de partições inactivas ou com pouca importância para partições de produção, que por vezes tem picos de processamento de transacções.

Por último, gostaria de destacar a segurança do sistema. No AS/400 existem vários níveis de segurança, que determinam o tipo de autoridade dada aos utilizadores, sendo o nível mais seguro o nível 50, que implementa o nível de Segurança C2, padrão estabelecido pela National Security Agency (NSA) como sendo suficientemente forte e confiável para proteger dados não classificados mas sensíveis.
(…)